Pão, medicamentos e luz: Já sabe o que vai mudar nos preços em 2026?
Do pão à eletricidade, passando pelos medicamentos e pelas telecomunicações, o que se prevê? Numa altura em que já se pensa em 2026, saiba o que esperar do próximo relativamente aos preços.
O Ano Novo está a chegar e é altura de fazer contas a 2026, porque, como é habitual, a passagem para um novo ano traz mudanças nos preços. Do pão à eletricidade, passando pelos medicamentos e pelas telecomunicações, o que se prevê?
Vamos por partes. Rendas, telecomunicações, bilhetes de transportes e portagens são alguns dos serviços que vão acompanhar ou mesmo ultrapassar a inflação esperada para o próximo ano, mas há bens de consumo, como a carne e o peixe, cujos preços não vão dar tréguas, devendo aumentar acima desse valor.
Pão, medicamentos e luz: Quais são as mudanças previstas para 2026?
O pão e os produtos de pastelaria deverão sofrer um "ligeiro aumento" de preço no próximo ano, impactados pelos custos laborais, resultantes da subida do Salário Mínimo Nacional (SMN) e pela subida dos gastos com ovos, frutos secos e cartão. A isto poderá acrescer o efeito da possível retirada do apoio do Estado aos combustíveis.
Antibióticos, analgésicos, antidiabéticos e outros medicamentos que custam até 30 euros não vão aumentar de preço em 2026. A portaria que revê anualmente o custo dos medicamentos, publicada a 14 de novembro, alarga o número de fármacos vendidos nas farmácias que vão manter o preço no próximo ano.
A fatura da eletricidade para os mais de 800 mil clientes do mercado regulado vai aumentar, em média, 1% a partir de 01 de janeiro. Segundo a ERSE, o regulador do setor energético, a subida traduz-se num acréscimo entre 0,18 e 0,28 euros na conta mensal da luz, já com taxas e impostos.
Assim, a partir do próximo mês, considerando uma potência de 3,45 kVA e um consumo de 1.900 kilowatts-hora (kWh) por ano para um casal sem filhos, o total a pagar será, em média, de 36,82 euros. Já para um casal com dois filhos, com uma potência de 6,9 kVA e um consumo de 5.000 kWh/ano, a fatura média será de 95,03 euros.
No próximo ano, os consumidores com tarifa social vão ter um desconto de 33,8% sobre a tarifa normal, o que se traduz numa poupança média de 13,50 euros para um casal sem filhos, e de 32,95 euros para um casal com dois filhos.
No mercado liberalizado, tendo em conta que a ERSE anunciou para 2026 um aumento médio de 3,5% das tarifas de acesso às redes de eletricidade, que afetam o valor final a pagar pelos consumidores, a EDP Comercial, que lidera neste segmento, anunciou uma descida real de 1%, e a Galp de 0,5% na fatura das famílias.
Água e gás natural
No caso da água, cabe a cada município decidir os novos tarifários a aplicar em 2026, mas a tendência deverá ser de agravamento, já que nas tarifas em alta, ou seja, no serviço de captação e tratamento de água que antecede a distribuição, o regulador recomendou uma atualização de 1,8%.
Em relação ao gás natural, o aumento de 1,5% que entrou em vigor a 01 de outubro traduziu-se por uma subida entre 0,36 e os 0,21 euros, em média, na fatura mensal das famílias que permanecem no mercado regulado. A nova tarifa mantém-se em vigor até 30 de setembro.
Noticias ao Minuto/Economia