Projeto tinha já dado origem a um documentário designado, tal como o livro, de “MUSAE: um processo criativo em três atos”
Docentes do Politécnico de Viana do Castelo lançam livro sobre criação cultural em contexto de pandemia
Os docentes e investigadores da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Viana do Castelo Liliana Soares e Ermanno Aparo apresentam o livro “MUSAE: um processo criativo em três atos”, uma obra que documenta um projeto de investigação distinguido internacionalmente e desenvolvido no polo do CIAUD sediado na instituição.
A publicação “MUSAE: um processo criativo em três atos” resulta de um projeto de Investigação e Desenvolvimento financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e desenvolvido no contexto do CIAUD – Centro de Investigação em Arquitetura, Urbanismo e Design, cujo polo no Norte de Portugal tem sede no Politécnico de Viana do Castelo. O livro é coordenado pelos docentes e investigadores do Politécnico de Viana do Castelo Liliana Soares e Ermanno Aparo, em colaboração com a investigadora Rita Almendra (CIAUD/Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa), e sistematiza um processo criativo marcado por uma abordagem inovadora à relação entre design, cultura e tecnologia.

A obra surge na sequência da curta-metragem “MUSAE: A história de um processo criativo em três atos”, realizada por Flávio Cruz, cineasta e também ele docente do Politécnico de Viana do Castelo, na Escola Superior de Educação. O documentário tem vindo a afirmar-se no circuito internacional, tendo sido distinguido com o Prémio do Júri de Melhor Curta-Metragem Documental no Tokyo ShortFest 2025, no Japão, e selecionado como semifinalista no Festival Internacional de Cinema de Palermo 2024, em Itália.
Desenvolvido durante a pandemia, o projeto MUSAE procurou responder aos desafios enfrentados pelas indústrias culturais e criativas, num período de forte retração da atividade artística. O trabalho articulou teatro, música, iluminação e design, através de um processo colaborativo que envolveu a empresa Furnor, de Vila Nova de Famalicão, o Teatro Municipal Sá de Miranda e estudantes da Escola Profissional de Música de Viana do Castelo.
A utilização das redes sociais como novos espaços de mediação cultural permitiu ampliar a divulgação dos conteúdos e explorar alternativas de criação e promoção em contexto de crise
Para Liliana Soares, docente e investigadora do Politécnico de Viana do Castelo, o MUSAE “permitiu repensar modelos de criação artística e experimentar formas de colaboração que aproximam diferentes agentes culturais”. Já Ermanno Aparo sublinha que o projeto procurou “reforçar a componente societal da investigação em design, comunicando processos e resultados para lá das publicações científicas, numa lógica de maior proximidade entre a investigação, a cultura e a comunidade