DKC de Viana identifica “Arménia Marítima”, espécie em vias de extinção, na frente
ribeirinha ao Centro de Canoagem
Ninhos de Borrelho também protegidos pelo CMIA.
Ações da DKC de Viana com resultados determinantes na proteção das duas espécies.
A margem esquerda do Rio Lima sita em frente à sede da DKC de Viana tem sido ao longo de 31
anos objeto de ações persistentes de sensibilização e proteção da fauna e flora aí existentes, por
esta associação vianense, tal como tem sido público.
Com o auxílio de algumas entidades locais, e muitos “amargos de boca” provocados por
incompreensão de outras, tornou-se possível diminuir o número de veículos e pessoas que
efetuavam peões destruíam o tecido vegetal.
Face à resiliência da natureza foi possível recuperar uma parte substancial do tecido vegetal.
Com a notícia de populares de que aí se encontravam ovos depositados na areia, foi possível
com essa ajuda identificar em 2019, pelo CMIA e pela DKC de Viana, em plena pandemia,
ninhos (posturas) de Borrelho de Coleira Interrompida.

Com a articulação do CMIA de Viana do Castelo, da autoridade marítima e da DKC de Viana, foi
delimitada área de proteção de ninhos, que nesse local constam posturas de quatro ovos, facto
raro e valioso ambientalmente, uma vez que as posturas usuais são de três ovos.
Em plena pandemia pôs-se em curso uma ação de informação, proteção e sensibilização, com
jovens e crianças da DKC, nessa frente ribeirinha que teve notória divulgação na imprensa.
Nessa época a CMIA colocou em articulação com a DKC de Viana cartazes (do qual apenas resta
um) de forma a informar que esse local é de nidificação do Borrelho de Coleira Interrompida,
espécie protegida em Portugal e monitorizada, da qual apenas existem 1000 casais em Portugal.
A DKC de Viana já identificou 12 casais residentes nesse pedaço de terreno da zona ribeirinha do
Rio Lima.

Correndo os inícios do ano de 2025, e para evitar os transtornos causados por competição
velocipédica, a associação dessa organização articulou-se com a DKC de Viana para evitar que
as bicicletas destruíssem o tecido vegetal, à semelhança do que tinha acontecido em 2024.
Mas não sem antes nos informar que para 2025 tinham as mesmas licencias que lhe permitiram
efetuar a prova nessa mesma margem de terreno.
Com o bom senso a imperar, as bicicletas não foram martirizar esse pedaço de margem e passou
o trajeto em substituição, em terreno do Centro de Canoagem.

Resultado:
- Ao contrário do que aconteceu em 2024 (pelo fato de ter havido destruição do tecido vegetal
pela prova de BTT), este ano os borrelhos nidificaram, o que mereceu a proteção do CMIA das
posturas com a delimitação da área, que ainda hoje aí estão colocadas.
- Este ano a DKC de Viana identificou, com o auxíílio de uma professora que costuma cartografar
e fotografar essa área, uma espécie em vias de extinção em Portugal a “Arménia Marítima”, que
com as ações de sensibilização e proteção da DKC de Viana, aí, agora prosperam.
Apesar da incompreensão de muitos, a natureza agradece e a DKC demonstra mais uma vez a
importância desse pedaço de margem.
Embora existam ainda pessoas que pisoteiam em corrida e com embarcações às costas
deliberadamente esses lugares de nidificação e de crescimento da arménia marítima, mesmo
com os protestos da comunidade da DKC.

Escusado será dizer que membros da DKC, passam nesse local com o devido cuidado.
Os milhares de crianças, jovens e pais que movimenta a DKC de Viana, são envolvidos na
compreensão da proteção da natureza, em especial nesse local, o que já levou a ações de
proteção com jovens e crianças e a CMIA de Viana do Castelo.
Mesmo com o silencio de instituições locais que se dizem protetoras da natureza, mas que neste
caso concreto pouco ou nada tem feito, motivadas algumas delas por motivos políticos que nada
tem a ver com a proteção da natureza.
Algumas delas até já foram até mentoras da tentativa de destruição desse habitat e desse tecido
vegetal.
Mas o que mais importa à DKC de Viana neste capítulo é a proteção das espécies.
E existem muitas outras espécies aí, tais como a salicórnia, outra espécie de borrelho... capítulos
futuros a explorar...
Com a recente identificação da “Arménia marítima” há assim mais motivos para um olhar
diferente, das instituições locais.
Pelo menos é o que se espera e com quem a DKC de Viana vai tentar mais uma vez sensibilizar.
A DKC de Viana continuará a tentar ser um exemplo para os seus jovens e crianças na proteção
do meio ambiente, coisa que faz há 31 anos.
“Categoria de risco de extinção em Portugal Continental segundo critérios IUCN
Em Perigo

Avaliação na Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental
Armeria maritima é uma planta de ampla distribuição no hemisfério norte, que em Portugal continental
ocorre apenas em quatro estuários localizados a norte do rio Douro. É avaliada como Em Perigo com base
na reduzida extensão de ocorrência e área de ocupação (cerca de 230 km 2 e 56 km 2 , respetivamente), ambos
em declínio continuado, no reduzido número de localizações (quatro), também em declínio continuado, e
por estarem ainda identificados declínios continuados ao nível da qualidade do seu habitat e do tamanho da
população. As principais pressões sobre a planta são a expansão de espécies exóticas e outras infestantes,
que colonizam as clareiras dos juncais e prados húmidos nas áreas de estuário e acabam por a excluir. Esta
alteração das comunidades é potenciada pela poluição excessiva dos estuários com matéria orgânica. Outras
ameaças são o pisoteio e colheita ocasional de escapos e a utilização de variedades cultivadas em arranjos
paisagísticos no litoral, que poderão hibridar com plantas nativas. Sugere-se o controlo das fontes de
poluição a montante dos estuários, o que contribuiria para minimizar o potencial invasor de diversas
infestantes e exóticas. Deverão ser implementadas medidas de gestão de habitat que promovam a remoção
de exóticas e a abertura de clareiras que possam ser colonizadas pela espécie. Deverá ser fortemente
condicionado o uso de variedades não nativas em intervenções paisagísticas que ocorram no litoral. A
população nacional deverá ser monitorizada, com frequência, pelo menos, quinquenal.
Fonte: https://flora-on.pt/?q=Armeria+maritima+subsp+maritima
Relva-do-olimpo
Armeria maritima [Muito raro] In Página do CMIA Câmara de Viana do Castelo:
Planta perene de até 50 cm de altura, apresenta uma roseta basal de folhas que emite
hastes finas e longas que sustentam inflorescências globulares de flores com uma
coloração rosa brilhante. Por vezes, podem ser arroxeadas, brancas ou vermelhas. As
folhas são estreitas e lineares, com um aspeto geral semelhantes às folhas das gramíneas. A
página superior é levemente pilosa, característica que lhe permite estar protegida contra a
evaporação. Floresce de abril a julho e ocorre em prados húmidos e juncais perto do litoral,
mas também em orlas de sapal e arribas litorais sobre solos arenosos. Em Portugal, surge
apenas em quatro estuários a norte do rio Douro e apresenta uma reduzida extensão de
ocorrência e área de ocupação, ambos em declínio continuado.
Fonte: - https://ambiente.cm-viana-castelo.pt/bioregisto/armeria-maritima “.

Foto/Créditos. José Castro